Durante o Ramadã, vários cristãos são perseguidos no mundo muçulmano. Na terça-feira (30), o Estado Islâmico (EI) crucificou cinco pessoas na Síria por não se submeterem ao jejum do Ramadã. Um dos pilares da fé islâmica constitui-se no jejum durante este período, sendo obrigatório para todos os seus seguidores.
O diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdul Rahman, disse que o EI informou por telefone que as vítimas foram assassinadas ontem, na cidade de Al Mayadin, e foram penduradas em um muro da 'hisba', quartel da 'polícia' do EI, com um cartaz no pescoço que dizia "ficarão crucificados o dia todo e serão castigados com 70 chicotadas por romper o jejum do Ramadã".
Os extremistas crucificaram as cinco pessoas diante de uma multidão, entre eles alguns menores. Segundo os relatos colhidos pela ONG que monitora a guerra civil na Síria, muitos dos espectadores zombaram dos crucificados e atiraram pedras neles.
O Ramadã é o nono mês do calendário muçulmano. É neste mês que os muçulmanos se dedicam ao jejum e se abstêm de comer, fumar, beber (até mesmo água) e ter relações sexuais, entre outras restrições, durante o dia, isto é, o período em que há luz do sol. Também consideram como o mês em que Maomé revelou os primeiros versos do Alcorão. Em 2015, o 'mês sagrado' iniciou-se no dia 18 de junho, continuará por mais 30 (trinta) dias, até o dia 17 de julho.
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